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BC é mais transparente ao ligar aperto ao risco fiscal, mas não significa alta já em março, diz JF Trust

26/01/2021 - Valor PRO - Valor Econômico

O vínculo do início do ciclo de normalização monetária em março à deterioração fiscal é um gesto “mais transparente” do Banco Central com relação à opinião dos membros do Copom, mas isso não significa que o aperto virá já na próxima reunião do comitê em um contexto em que há sinais de soluções alternativas a “furar” o teto de gastos, diz Eduardo Velho, Economista-chefe da JF Trust.

“Há muita assimetria do lado da atividade (renda) mas, sobretudo do fiscal”, pondera o profissional. Ele observa que, após as sinalizações de hoje do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia Paulo Guedes, defendendo a manutenção do teto de gastos e a necessidade de sacrifícios para uma nova rodada de auxílio emergencial, o cenário poderá trazer uma compensação para não driblar o teto, âncora do atual regime fiscal no país.

“Acho que a equipe econômica pode utilizar recursos do PIS/Pasep, FGTS ou outra alternativa para transferir renda, permitindo que as pessoas saquem e que não se prorrogue o auxílio”, explica Velho. Em relatório de hoje enviado a clientes, ele relacionou o gatilho fiscal para a alta do juro básico, atualmente em pauta, ao gatilho para queda de juros, posto em vigor durante a gestão Ilan Goldfajn no BC.

“De forma implícita, existe um ‘gatilho de juros condicionado ao desfecho fiscal’ de fevereiro, como ocorrido em 2016 com a expectativa de aprovação do teto dos gastos, que beneficiou naquele período a redução da taxa Selic”, escreveu.





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