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Call Macro & Mercados - 02 de setembro de 2021

02/09/2021 - JF Trust

MERCADOS: Esperamos um viés positivo para os mercados acionário e de commodities, com continuidade do recuo do auxílio-desemprego mas, também com reprecificação para baixo do payroll de agosto, ou seja, curva da chance do Fed adiar o tapering, o que seria positivo para os ativos de renda variável.

EXTERIOR: Hoje, nos EUA, o volume semanal de auxílio-desemprego recuou de 354 mil para 340 mil. Em parte a continuidade o recuo do indicador “beneficia” a redução da compra de títulos pelo Fed e o aquecimento da atividade, mas o sinal relevante será dado pelo payroll de sexta-feira, estimada em torno de 725 à 730 mil empregos pelo mercado. Queda robusta dos índices de confiança nos EUA suscita especulações adicionais de desaceleração nos próximos trimestres.

DÓLAR: Avaliamos maior probabilidade de alta do dólar, superior à R$ 5,1, alinhado com exterior e proximidade de 07 de setembro. Recuo do auxílio-desemprego corrobora aquecimento nos EUA e no Brasil, a perspectiva da política fiscal mais expansionista do que se imaginava, ou seja, governo perdeu algumas chances de limitar outras despesas.

JUROS: Estimamos um viés de alta dos juros médios e longos do DI na esteira que a despesa social poderá ser “mais robusta” mesmo com a taxação de dividendos, sendo que o governo não limitou a despesa das estatais com os planos de saúde e não eliminou a estabilidade para os novos servidores. A posição deve ser mais cautelosa, junto com o dólar, na aproximação das manifestações do dia 07 de setembro. Medianas da Selic e IPCA para 2021 e 2022 deverão aumentar ainda mais, ressaltando que juro real negativo não suporta inflação inferior à 4,43% para 2022. O governo obteve uma quase vitória fiscal (?!), aprovando na mini Reforma Tributária, a taxação de 20% sobre dividendos e uma redução menor do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, o que poderá financiar a despesa com o Auxílio Brasil, mas, falta a votação final.

Entretanto, teve uma derrota fiscal pois tentava limitar a despesa com os planos de saúde das empresas estatais e ainda foi derrotado na MP da flexibilização trabalhista. Foi mantida a estabilidade para novos funcionários públicos, o que representa derrota fiscal. Mantemos a avaliação que a mediana da taxa Selic do mercado terá que aumentar para uma faixa de 8,5%-9% nas próximas semanas, pois ainda não vislumbramos estabilidade no diferencial das expectativas ante à meta, inclusive para 2022.

Para lembrar que prevemos IPCA teto de 8,62% em 2021 e central de 4,43% para 2022 !! O problema não é o crescimento de 2021, mas sim a perspectiva de uma desaceleração, que acaba repercutindo na elevação da dívida pública com elevação maior dos juros.

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