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Carta Mensal JF TRUST – Novembro de 2022

01/12/2022

Prioridade da Âncora Fiscal no Brasil para recuperação dos preços dos ativos em 2023 e estimamos que taxa de juros nos EUA terá que superar 5% a.a.

Os mercados domésticos em novembro sentiram o risco de deterioração fiscal em 2023, refletido na elevação dos juros futuros e do dólar ao longo de novembro e estagnação do mercado de renda variável. Entretanto, a expectativa de desaceleração do ritmo de alta dos juros nos EUA pelo Federal Reserve, mas sobretudo, a perspectiva de alinhamento “mínimo” de uma base de apoio político ao novo governo Lula e de desidratação de gastos na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição são pontos positivos, ou pelo menos, não ajudam a piorar o mercado.

De fato, uma aprovação de uma PEC fiscal excluindo um pouco mais de R$ 100 bilhões da regra do teto e com prazo máximo de exclusão de dois anos por exemplo é “significativamente menos desfavorável” dos preços dos ativos dos mercados do que aprovar uma PEC com quase R$ 200 bilhões e quatro anos de permissão de gastar fora do teto. De qualquer forma, a expectativa da definição do nome do Ministro da Fazenda de Lula, mas sobretudo como será o comprometimento dessa equipe econômica com as contas públicas e a definição de uma nova âncora fiscal são incertezas que ainda precisam ser monitoradas, par que fique claro a sustentabilidade ou não da dívida pública/PIB.

No exterior, a despeito de uma leve desaceleração da taxa anualizada, a inflação dos EUA continua elevada, significativamente superior à meta de 2% do Federal Reserve O que parece, por enquanto, é que o movimento do ajuste de alta taxa de juros teve efeitos limitados na inflação deste ano, devendo ter maior transmissão em 2023. Com ajuste de corte de liquidez no balanço do Fed que consideramos “muito limitado”, avaliamos que o Fed necessita prosseguir na elevação dos juros (taxa básica da política monetária = policy rate) para um terreno suficientemente restritivo no primeiro semestre de 2023, mesmo desacelerando o ritmo de alta dos juros do fed fund em dezembro de 75 para 50 pontos.

Avaliamos que o juro no intervalo de 3,75%-4,0% a.a. nos EUA ainda não teria atingido uma taxa considerada “restritiva” que assegure a desaceleração e a convergência da inflação à meta até 2024. Nesse sentido, realizamos o exercício de estimar um “nível mínimo da taxa de juros restritiva” utilizando uma regra (rule) de política monetária de Taylor, que definiria (i) uma taxa real de juros de curto prazo onde a produto interno bruto estivesse no potencial e a inflação esperada na meta; (ii) um valor para o hiato (diferencial) da inflação; (iii) um valor que apontaria a magnitude da reação do Federal Reserve ( no tocante aos juros) aos desvios da inflação à meta; (iv) e o diferencial (hiato), o gap do produto, ressaltando que atualmente, o produto real estaria acima do potencial, ainda no terreno inflacionário.

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