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Juros mantém alta de olho em projeções de inflação e crise hídrica

01/06/2021 - Valor Pro / Valor Econômico

Autor: Felipe Saturnino

Os juros futuros seguem em alta ao longo de toda a estrutura da curva a termo na manhã desta segunda-feira, avaliando a nova elevação das projeções de economistas para inflação e o potencial de maiores pressões sobre o nível  geral de preços com a crise hídrica no radar. As altas mais pronunciadas são verificadas no trecho intermediário da curva, onde alcançam 10 pontos-base contra o ajuste anterior.

Por volta das 11h50, as taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 passavam de 5,03 no ajuste precedente para 5,08%; as do DI para janeiro de 2023 variavam de 6,58% para 6,68%; as do DI para janeiro de 2025 tinham alta de 7,79% para 7,87% e as do DI para janeiro de 2027 avançavam de 8,43% para 8,48%.

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central mais cedo mostrou nova alta da projeção mediana de IPGA para 2021, de 5,24% para 5,31%, e para 2022, de 3,67% para 3,68%. A estimativa para Selic ao fim deste ano, por sua vez, subiu de 5,5 para 5,75%.

“A deterioração das previsões da inflação não estabiliza e não dá ‘alívio’ na curva futura de juros”, diz a JF Trust em relatório, notando o viés de alta nas taxas curtas limitada pela dinâmica do dólar, que tem alta moderada hoje.

A gestora estimava que, com uma Selic de 5,75% no fim de 2021, não haveria descumprimento do teto da meta, levando em consideração uma previsão do 1PCA de 5,41% ao fim do ano. "Por isso, avaliamos que seria mais prudente antecipar o ajuste monetário restritivo de 2022 para 2021, terminando a Selic em 6,0% ou 6,5% em dezembro", escreve Eduardo Velho, sócio e economista-chefe da casa.





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